Instituição promotora: Instituto Manacá

Local do Evento: RPPN Trápaga
Rodovia SP-139 – km 80, Zona Rural, S/N – Abaitinga
São Miguel Arcanjo – SP
18230-000

Público-alvo

Qualquer pessoa interessada em natureza, ciência e conservação ambiental. Requisitos desejáveis ao curso (mas não obrigatórios): conhecimentos básicos de informática (Pacote Office) e Inglês (leitura).

Vagas – 15.

Conteúdo do curso

1 – O que é ciência cidadã – breve histórico e fundamentos

2 – Introdução às aves da Mata Atlântica (teoria e prática)

3 – Aprendendo investigação científica na prática – Investigando impactos positivos e negativos de comedouros para a aves silvestres

O evento faz parte do projeto de ciência cidadã “Eu vi uma ave usando pulseiras!?” que, desde 2019, monitora as aves da RPPN Trápaga e comedouro que existe no local.

Programação

Inscrições

¹ A casa tem cozinha, 2 banheiros e 3 quartos. Há duas camas de solteiro e três camas de casal que poderão ser dispostas nos quartos de acordo com os inscritos. A casa comporta até 8 pessoas. Esta opção de inscrição será ofertada até que se seja atingido o número máximo de pessoas na casa. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrições. O serviço de faxina dos alojamentos antes e após o evento estão inclusos no valor da inscrição.

Os interessados em se hospedar na casa deverão trazer sua própria roupa de cama.

² A área reservada para camping pode comportar até 4 barracas. Banheiro e cozinha serão usados na casa ao lado. Esta opção de inscrição será ofertada até que se seja atingido o número máximo de barracas no local. O serviço de faxina dos alojamentos antes e após o evento estão inclusos no valor da inscrição.

OBS: Considere que em julho as temperaturas são extremamente baixas na área de camping. Só escolha esta opção se terá condições de trazer materiais que te ajudem a enfrentar o frio da madrugada.

*As inscrições com alimentação incluem 2 cafés-da-manhã (sábado e domingo), 2 almoços (sábado e domingo) e 1 jantar (sábado).

OBS: As pessoas que optarem em chegar na RPPN Trápaga sexta feira deverão providenciar suas refeições para este dia.

** Há opções de alimentação e hospedagem no entorno da RPPN Trápaga, porém o acesso deve ser feito de carro. Visando um bom rendimento do curso, sugerimos fortemente que os interessados optem pelas inscrições completas (com alimentação e hospedagem no local). Em hipótese alguma, a programação do evento será adequada em virtude de fatores externos ao curso. Veja a programação completa do curso antes de efetuar sua inscrição!

Passos para se inscrever:

Preencha o formulário de inscrição aqui: https://bit.ly/curso_cientistas_cidadao_julho2023  

Realize o depósito com o valor da inscrição:

Banco do Brasil
Instituto Manacá
Agência: 2652-2
Conta corrente: 14689-7
Pix: 20.445.181/0001-77

Obs.: em caso de desistência não será possível reembolso.

Envie o comprovante de pagamento para hiago@institutomanaca.org.br  com o assunto “Inscrição no curso Formação de cientistas cidadãos” até o dia 18 de julho.

Alimentação

O evento pretende fornecer uma alimentação básica, mas de qualidade, de modo que o preço da inscrição fique acessível aos interessados no curso. Pedimos que informem no ato da inscrição se possuem restrições alimentares.

Alojamento

O curso oferece as seguintes opções de alojamento:

– Casa com cozinha, 2 banheiros e 3 quartos. Há duas camas de solteiro e três camas de casal que poderão ser dispostas nos quartos de acordo com os inscritos. A casa comporta até 8 pessoas. (seta amarela no mapa)

– Espaço em gramado sombreado em frente da casa (comporta até 4 barracas) (seta vermelha no mapa)

Transporte

Carro – A melhor opção para chegar ao local é de carro. Dentro da fazenda os alunos irão depender de carro para o deslocamento entre o alojamento e local das aulas/refeições. A equipe do evento estará com carro próprio e poderá dar carona, mas o número de assentos é limitado.

Ônibus – Opções de transporte de ônibus – Existe a opção de chegar próximo da RPPN Trápaga de ônibus urbano. A linha ‘São Miguel Arcanjo – bairro Abaitinga’ é a única opção. Aos que optarem por este ônibus, atentem-se que o último ônibus sai às 18h do seu ponto em São Miguel Arcanjo.

Translado – Aos que desejarem, a equipe do evento poderá organizar caronas entre ‘Rodoviária São Miguel Arcanjo – RPPN Trápaga’ (ida e volta) sob os seguintes custos: R$30,00 por pessoa; R$50,00 grupo de 2 pessoas ; R$70,00 grupo de 3 pessoas. Na inscrição, favor informar o horário que devemos te buscar e levar à rodoviária.

Instituição promotora: Instituto Manacá

Título do curso: Formação de cientistas cidadãos – investigando aves urbanas

Data: 30 de março (online), 01 e 02 de abril de 2023 (presencial) 

Apoio: Laboratório de Ecologia Manejo e Conservação da Fauna Silvestre (LEMaC/ ESALQ/USP), Ecoloja, Prefeitura de Águas de São Pedro e EMEF Maria Luiza Fornasier Franzin.

Local do Evento

Mini-horto de Águas de São Pedro/SP (Também conhecido como Casa de Santiago)

Entrada pela Rua Raul Ribeiro da Costa n. 215, CEP 13525-000

https://goo.gl/maps/PWsbEAVSMWn9EdA39

Público alvo

Qualquer pessoa interessada em natureza, ciência e conservação ambiental.

Requisitos desejáveis ao curso (mas não obrigatórios): conhecimentos básicos de informática (Pacote Office) e Inglês (leitura).

Idade mínima – 14 anos.

Vagas – 15.

Inscrições

R$25,00

OBSERVAÇÃO: O valor das inscrições será usado para pagar a alimentação, hospedagem e transporte da equipe que irá ministrar os dois dias de curso presencial

Passos para se inscrever:

• Preencha o formulário de inscrição aqui: https://forms.gle/FhirLZaRZoBsBajv8
• Realize o depósito com o valor da inscrição:

Banco do Brasil
Instituto Manacá
Agência: 2652-2
Conta corrente: 14689-7
Pix: 20.445.181/0001-77

• Envie o comprovante de pagamento para avesusandopulseiras@gmail.com (com cópia para hiago@institutomanaca.org.br) com o assunto “Inscrição no curso Formação de cientistas cidadãos” até o dia 24 de março de 2023.

Hospedagem

Para quem vem de longe, Águas de São Pedro oferece inúmeras opções hospedagem. Pedimos aos interessados que verifiquem a compatibilidade dos horários da programação do curso com os horários de check in/check out e café da manhã do local onde pretende se hospedar.

Alimentação

Águas de São Pedro oferece inúmeras opções para alimentação, certamente você não ficará com fome.

Transporte e acesso à Águas de São Pedro

Águas de São Pedro possui rodoviária própria e há linhas de ônibus urbano e intermunicipal que servem a cidade. As companhias que servem a cidade com elevada periodicidade são Viação Piracicabana e Viação Itaqueri.

Se virá de carro utilize o Google Maps com a opção de busca “Horto Municipal & Casa de Santiago” link: https://goo.gl/maps/PWsbEAVSMWn9EdA39

Conteúdo e programação

O evento faz parte do projeto de ciência cidadã “Eu vi uma ave usando pulseiras!?” que, desde 2019, monitora as aves da Casa de Santiago, conhecida também como o Mini-Horto da cidade.

Na parte teórica, o curso contará com apresentação de slides e bastante discussões entre os alunos/professores. Assim, ter um material para anotação (caderno ou alguma tecnologia de preferência) poderá facilitar sua assimilação do conteúdo/aprendizado. Não iremos oferecer material impresso.

Na parte prática, uma de nossas atividades será a triagem de vídeos de armadilha fotográfica. Iremos organizar grupos, mas a equipe do projeto só tem 2 computadores disponíveis para essa atividade. Assim, encorajamos os alunos que possuem notebook que tragam ao evento.

Durante as atividades em campo iremos ter a chance de visualizar várias espécies de aves, inclusive aves anilhadas. Por isso, quem tiver binóculo e/ou câmera fotográfica, traga ao curso

Data: 03 a 05 de fevereiro de 2023 (turma calor); 02 a 04 de junho de 2023 (turma frio)

Local do Evento

Instituto Manacá / RPPN Trápaga
Rodovia SP-139 – km 80, Zona Rural, S/N – Abaitinga
São Miguel Arcanjo – SP
18230-000

Público alvo

Qualquer pessoa interessada em natureza, ciência e conservação ambiental.

Requisitos desejáveis ao curso (mas não obrigatórios): conhecimentos básicos de informática (Pacote Office) e Inglês (leitura).

Vagas – 15.

Conteúdo do curso

1 – O que é ciência cidadã – breve histórico e fundamentos

2 – Introdução às aves da Mata Atlântica (teoria e prática)

3 – Aprendendo investigação científica na prática – Investigando impactos positivos e negativos de comedouros para a aves silvestres

O evento faz parte do projeto de ciência cidadã “Eu vi uma ave usando pulseiras!?” que, desde 2019, monitora as aves da RPPN Trápaga e comedouro que existe no local.

Programação

Inscrições

¹ A casa tem cozinha, 2 banheiros e 3 quartos. Há duas camas de solteiro e três camas de casal que poderão ser dispostas nos quartos de acordo com os inscritos. A casa comporta até 8 pessoas. Esta opção de inscrição será ofertada até que se seja atingido o número máximo de pessoas na casa;

² A área reservada pode comportar até 4 barracas. Banheiro e cozinha serão usados na casa ao lado. Esta opção de inscrição será ofertada até que se seja atingido o número máximo de barracas no local;

* As opções de alimentação e hospedagem no entorno da RPPN Trápaga não são facilmente acessíveis. Assim, para o bom rendimento do curso, sugerimos fortemente que os interessados optem pelas inscrições completas (com alimentação e hospedagem no local). Em hipótese alguma, a programação do evento será adequada em virtude de fatores externos ao curso. Veja a programação completa do curso antes de efetuar sua inscrição!

OBSERVAÇÃO: Na taxa de inscrição estão inclusos a alimentação (2 cafés-da-manhã, 2 almoços e 1 jantar) e os serviços dos profissionais que irão trabalhar no evento, além do serviço de limpeza dos alojamentos após o evento.

Passos para se inscrever:

• Preencha o formulário de inscrição aqui: https://forms.gle/eqzxZjndMzobC4Yd7
• Realize o depósito com o valor da inscrição:

Banco do Brasil
Instituto Manacá
Agência: 2652-2
Conta corrente: 14689-7
Pix: 20.445.181/0001-77

• Envie o comprovante de pagamento para hiago@institutomanaca.org.br  com o assunto “Inscrição no curso Formação de cientistas cidadãos” até o dia 25 de janeiro.

Alimentação

O evento pretende fornecer uma alimentação básica, mas de qualidade, de modo que o preço da inscrição fique acessível aos interessados no curso. Pedimos que informem no ato da inscrição se possuem restrições alimentares.

Cardápio pretendido (Obs: Poderá haver alterações de acordo com os inscritos. Dias antes do evento o cardápio definitivo será informado)

• Café da manhã (Sábado e Domingo) – Pão com manteiga, frios, 2 tipos de frutas, ovos mexidos, café, leite e suco.
• Almoço de Sábado – arroz, feijão, carne de panela*, farofa, refogado de vegetais e salada (alface e tomate)
• Jantar de Sábado – arroz, feijão, filé de frango*, farofa, legumes cozidos, lasanha de presunto e queijo e salada (alface e tomate)
• Almoço de Domingo – arroz, feijão, carne ou frango*, batata frita, legumes cozidos e salada (alface e tomate)

(* poderá ser substituído por uma proteína não animal aos que solicitarem com antecedência).

OBSERVAÇÃO: Na sexta-feira de noite o encontro da turma será num restaurante local (a ser definido), onde cada aluno será responsável por suas despesas.

Alojamento

O curso oferece a seguinte opção de alojamento:

– Casa com cozinha, 2 banheiros e 3 quartos. Há duas camas de solteiro e três camas de casal que poderão ser dispostas nos quartos de acordo com os inscritos. A casa comporta até 8 pessoas. (seta amarela no mapa)

– Espaço em gramado sombreado em frente da casa (comporta até 4 barracas) (seta vermelha no mapa)

Transporte

Carro – A melhor opção para chegar ao local é de carro. Dentro da fazenda os alunos irão depender de carro para o deslocamento entre o alojamento e local das aulas/refeições. A equipe do evento estará com carro próprio e poderá dar carona, mas o número de assentos é limitado.

Ônibus – Opções de transporte de ônibus – Existe a opção de chegar próximo da RPPN Trápaga de ônibus urbano. A linha ‘São Miguel Arcanjo – bairro Abaitinga’ é a única opção. Aos que optarem por este ônibus, atentem-se que o último ônibus sai às 18h do seu ponto em São Miguel Arcanjo.

Translado – Aos que desejarem, a equipe do evento poderá organizar caronas entre ‘Rodoviária São Miguel Arcanjo – RPPN Trápaga’ (ida e volta) sob os seguintes custos: R$30,00 por pessoa; R$50,00 grupo de 2 pessoas ; R$70,00 grupo de 3 pessoas. Na inscrição, favor informar o horário que devemos te buscar e levar à rodoviária.

Birdwatching

O Birdwatching surgiu na Inglaterra no século XVIII e hoje recruta milhões de adeptos, principalmente nos Estados Unidos (cerca de 20% da população acima dos 15 anos de idade). No Brasil, este hobby tem também conquistado um grande número de adeptos. A RPPN Trápaga é uma área protegida adjascente ao Parque Estadual Carlos Botelho está repleta de espécies endêmicas e exuberantes da Mata Atlântica, entre elas o Tangará dançarino (Chiroxiphia caudata), o tucano de bico verde (Ramphastos dicolorus) e o surucuá variado (Trogon surrucura). Estas espécies podem ser vistas ocasionalmente, tanto nos comedouros da Fazenda Elguero como dentro e nas margens da RPPN.

Aves usando pulseiras

O projeto de ciência cidadã “Eu vi uma ave usando pulseiras” teve início em 2016 e é coordenado pelo biólogo pesquisador do Instituto Nacional da Mata Atlântica, Eduardo Alexandrino. O objetivo é monitorar diversas aves anilhadas em diferentes localidades da Mata Atlântica com a ajuda do público. Diferentes contextos são explorados em cada localidade onde o projeto é implementado (ver abaixo), mas o intuito é o mesmo em todas elas – engajar cidadãos para que adquiram consciência ambiental e científica conforme participam das investigações que o projeto realiza. Atualmente está sendo investigando (1) a área de vida e comportamentos de aves em ambientes naturais e urbanos e (2) quais as influências de comedouros artificiais sobre este grupo.

A RPPN Trápaga está entre as localidades desta pesquisa e durante o Big Day a bióloga Kamila Antunes do Nascimento estará conosco para nos ajudar a fazer novos registros. Aquele que fizer a primeira observação de um indivíduo anilhado pode nomeá-lo. Hugo, é um canário da terra (Sicalis flaveola) que já foi avistado diversas vezes na Fazenda Elguero.

Localidades do projeto Aves usando pulseiras:

Parque Museu de Biologia Prof. Melo Leitão, Santa Teresa – ES
Mini Horto – Casa de Santiago, Águas de São Pedro – SP
Legado das Águas – Reserva Votorantim, Tapiraí – SP
RPPN Trápaga – Instituto Manacá, São Miguel Arcanjo – SP
Bairro rural de Santa Olímpia, Piracicaba -SP

Herps Watching

A palavra “Herps” deriva de herpetologia que é o estudo de anfíbios e répteis. Neste caso ela se refere informalmente aos membros deste grupo faunístico. O Herpswatching trata da observação de anfíbios e répteis, um hobby originalmente restrito às aves, o Birdwatching. Atualmente a Herp Trips é a única empresa no Brasil a oferecer este tipo de serviço oficialmente. Os passeios são guiados pelo fundador Bruno Fiorillo, durante as noites (entre 19:00 e 21:00) e de verão (de outubro a março) da RPPN Trápaga. São percorridas trilhas e áreas abertas, geralmente próximas a açudes ou outros tipos de corpos d’água, o que facilita a observação da herpetofauna. Nestes trajetos os participantes são instruídos sobre a biologia geral das espécies encontradas e sobre as melhores maneiras de fotografá-las. Você pode conhecer algumas das espécies que vai encontrar na RPPN em nosso guia.

Tapir Watching

O Instituto Manacá e sua equipe trabalham diariamente para fazer sua parte na conservação da Mata Atlântica e sua biodiversidade. Esta é a única entidade que oferece a oportunidade de observação de antas (Tapirus terrestris) na natureza. As observações são monitoradas pelo guia local Hiago Ermenegildo e realizadas na área de produção de ameixas da Fazenda Elguero e/ou em uma estrutura montada especialmente para a observação da fauna silvestre em meio à floresta (Hide).

Cronograma de atividades do Big Day Manacá

Valor

R$ 100,00 por pessoa.

Dados para depósito

Banco do Brasil
Instituto Manacá
Agência: 2652-2
Conta corrente: 14689-7
Pix: 20.445.181/0001-77

Inscrever-se

Preencha o formulário de inscrição aqui e envie o comprovante de pagamento (ao menos 50% do valor do evento) para rppntrapaga@institutomanaca.org.br com o assunto “Inscrição no Big Day RPPN Trápaga” até o dia 5 de outubro.

Obs.: em caso de desistência não será possível reembolso.

Localização

Instituto Manacá
Rodovia SP-139 – km 80, Zona Rural, S/N – Abaitinga
São Miguel Arcanjo – SP
18230-000

28 e 29 de outubro de 2021 | Transmissão On-line

Para maiores informações sobre o evento, clique aqui!

O “Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar de Monitoramento e Conservação” é uma iniciativa idealizada por pesquisadores do Instituto Manacá e do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), que tem como objetivo implementar o monitoramento de grandes mamíferos em larga escala, promovendo uma agenda territorial integrada nas ações de proteção e manejo dessas espécies, assim como sensibilizar a sociedade civil da importância da Grande Reserva Mata Atlântica, maior remanescente contínuo de Floresta Atlântica preservada do país, na conservação da vida selvagem.

Venha conhecer essa iniciativa inédita e com grandes parcerias.
Boa leitura!

Extremamente raros e, até então, nunca documentados em seu habitat, filhotes gêmeos de anta (Tapirus terrestris) foram filmados na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Trápaga, em São Miguel Arcanjo (SP). O registro intriga – e anima – os pesquisadores do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, que tem apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, WWF-Brasil e banco ABN AMRO, responsáveis pelo registro e identificação dos animais. A descoberta é uma dose dupla de esperança para a espécie que está ameaçada de extinção na Mata Atlântica, já que, além de ser um fenômeno da natureza que pode ampliar o conhecimento sobre o animal, tem potencial para fortalecer a conservação por meio da sensibilização e encantamento pela espécie.

Registrar um evento que desafia as leis da natureza é, no mínimo, motivo de espanto e contemplação. Esses foram os sentimentos de um grupo de cinco pesquisadores quando se depararam, em dezembro do ano passado, com um vídeo de antas gêmeas, registrado por um equipamento fotográfico instalado na reserva.

A surpresa pela gestação de gêmeos é por se tratar de uma espécie que, evolutivamente, tem o corpo preparado para gerar apenas um filhote.  E a animação é porque os filhotes já têm cerca de um ano e meio. Na Mata Atlântica, bioma onde ocorreu o registro, é um grande desafio um filhote de anta resistir diante do ciclo da própria natureza, mas também por ser um bioma muito ameaçado pela atividade humana, onde, além do desmatamento, as antas enfrentam ameaças como a caça, atropelamento, perseguições de cães domésticos, entre outras.  

A confirmação veio em janeiro deste ano, depois de outros registros em imagem e observação direta, ou seja, vendo os animais presencialmente. Para bater o martelo no que seria o primeiro registro desse tipo na natureza, Mariana Landis, pesquisadora do Instituto Manacá, associado ao Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, conta que outros pesquisadores foram envolvidos. “Além da nossa equipe, a pesquisadora Patrícia Médici teve um papel fundamental na confirmação dessa descoberta e sua raridade, nos ajudando também com a busca por relatos de antas gêmeas no mundo. Como desconfiávamos, não tinha nenhum caso similar documentado. Ficamos surpresos”, completa.

Embora as antas da espécie Tapirus terrestris sejam os maiores mamíferos terrestres da fauna silvestre da América Latina, as fêmeas só geram um filhote por gestação, que nasce com cerca de seis quilos, após 13 meses. “No Brasil, existem dois registros de filhotes gêmeos de antas nascidos em cativeiro. Nestes locais, esses animais têm o suporte de profissionais para garantir o sucesso do nascimento e desenvolvimento dos filhotes. Ainda assim é desafiador, demanda cuidado especial para sobreviver. Na natureza, essa mãe e os filhotes estão sozinhos, e os fatores que podem garantir a sobrevivência envolvem, além da saúde da mãe para gerá-los e nutri-los, sua dedicação intensa para protegê-los e uma floresta saudável que, no caso da Mata Atlântica, é cada vez mais difícil”, explica Mariana.

A pesquisadora diz que seriam precisos estudos para afirmar ou associar o fenômeno a algum fator específico, mas chama atenção que a descoberta pode guardar informações importantes sobre a espécie. “Esses registros podem ser eventos aleatórios, mas também podem representar mudanças significativas na compreensão que temos da espécie. Pretendemos continuar monitorando estes animais em busca de mais informações”, informa Mariana.

Monitoramento

A descoberta é fruto do trabalho de monitoramento realizado na reserva, que visa promover a observação de antas na natureza, gerando a sensibilização com a espécie, sendo uma das frentes de atuação do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar. O programa é um dos maiores monitoramentos de mamíferos de grande porte já feitos no bioma Mata Atlântica e o primeiro em larga escala realizado nessa região, com principal objetivo de gerar dados para subsidiar planos de conservação da anta (Tapirus terrestris), do queixada (Tayassu pecari) e da onça-pintada (Panthera onca).

Para Marion Silva, gerente de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, uma das instituições apoiadoras do programa, a descoberta fortalece a valorização da fauna silvestre. “A pesquisa científica está demonstrando, cada vez mais, a importância da conservação dos habitats para a preservação das espécies. Além disso, a natureza preservada oferece oportunidades de negócios sustentáveis, como a observação de fauna, que dão alternativas socioeconômicas à população local”, aponta Marion, ressaltando que a aparição dos gêmeos ocorreu em parte do território da Grande Reserva Mata Atlântica, o maior remanescente do bioma no Brasil.

Conflito humano-fauna

A observação de antas, assim como a descoberta dos gêmeos, pode ser uma linha de ação voltada à mitigação de conflito humano-fauna e redução de ameaças, segundo Felipe Feliciani, Analista de Conservação do WWF-Brasil, instituição apoiadora do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar. “Há diversos casos de sucesso de turismo de observação como meio para minimizar os conflitos humano-fauna, incluindo no Brasil. Os conflitos, geralmente, têm origem em prejuízos econômicos que os animais silvestres geram para produtores rurais – por invasão a plantações e predação de animais de criação. Mas, com um bom manejo e ainda com retorno econômico, o cenário pode ser outro. Se há pessoas indo ver antas, gera renda para região, captação e divulgação de imagens da espécie, mais pessoas abraçando a conservação. Uma descoberta, associada a uma espécie envolvida em diversos conflitos, é uma boa dose de esperança”, finaliza. 

O programa é realizado pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) e Instituto Manacá, com apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, WWF-Brasil e banco ABN AMRO, e conta com a parceria da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), a Fundação Florestal, o Legado das Águas – Reserva Votorantim, Fazenda Elguero, o Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (PPG ECO – UFPR),  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ekoa Park, Parque do Zizo e Salve Floresta.

Sobre o Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar

O “Programa de Monitoramento e Conservação de Grandes Mamíferos na Grande Reserva Mata Atlântica” é uma iniciativa idealizada por pesquisadores do Instituto Manacá e do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), que tem como objetivo implementar o monitoramento de grandes mamíferos em larga escala, promovendo uma agenda territorial integrada nas ações de proteção e manejo dessas espécies, assim como sensibilizar a sociedade civil da importância da Grande Reserva Mata Atlântica, maior remanescente contínuo de Floresta Atlântica preservada do país, na conservação da vida selvagem. O diferencial do programa é o monitoramento em larga escala. São 17 mil km² de atuação nos estados de São Paulo e Paraná – uma área equivalente a 11 cidades de São Paulo.

Sobre a Fundação Grupo Boticário

Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.

Informações à imprensa

Assessoria de Imprensa Grandes Mamíferos da Serra do Mar

Laila Rebecca (12) 9 9686-3446gmsm.comunicacao@gmail.com