Fazenda Elguero
A Fazenda Elguero é uma propriedade rural situada no município de São Miguel Arcanjo, Estado de São Paulo, contígua ao Parque Estadual Carlos Botelho, da qual divide as mesmas florestas e a mesma biodiversidade.
Com cerca de 230 hectares, a Fazenda Elguero tem como principal foco o cultivo de produtos gourmet, através da produção de ameixa Rubimel, caqui Fuyu, caqui Rama-forte e caqui Giombo; uva Pilar Moscato e mexerica Montenegrina.
Com localização privilegiada, a Fazenda Elguero está inserida no Continuum Ecológico de Paranapiacaba e, por estar contígua ao PECB, acaba por possuir uma extensa gama de animais silvestres que permeiam toda a propriedade. E é com este direcionamento que vem adotando a sustentabilidade e conservação como uma de suas bases mais importantes.
Na cadeia produtiva, adoções de medidas mitigadoras, de possíveis passivos ambientais que esta possa vir a acometer, já estão implantadas. Uma dessas medidas é a cobertura de toda a produção com uma tela que retêm os defensivos, impedindo que o mesmo se disperse no Meio Ambiente Natural; outro exemplo é a contratação de mão-de-obra local, gerando empregos para uma comunidade com um IDH relativamente baixo. Ademais, todos os resíduos orgânicos descartáveis são preparados em composteira e reutilizados na produção em forma de adubo. Ainda na cadeira produtiva, a Fazenda Elguero também trabalha com a extração da resina do Pinus elliottis.
O tipo de manejo adotado é sustentável, uma vez que o plantio de pinus para esta finalidade não visa o corte, mas sim a manutenção da árvore ao longo do tempo. Ademais, estudos comprovam que uma das melhores matrizes de silvicultura para Zona de Amortecimento de Unidades de Conservação, é o manejo sustentável do Pinus.
Na área ambiental, a Fazenda Elguero criou uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) intitulada como RPPN de Trápaga, aproximadamente 70 hectares de mata serão preservados perpetuamente. A RPPN de Trápaga é também onde habita o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), primata endêmico da Mata Atlântica e ameaçado de extinção.
O mico-leão-preto foi Decretado Patrimônio Natural do Estado de São Paulo e Símbolo da luta pela Conservação da Fauna no Estado. Proteger a espécie e seu habitat não só beneficiará o mico-leão-preto, como também outras espécies ameaçadas que fazem uso desta área como: a jacutinga (Pipile jacutinga); a anta (Tapirus terrestris); o tamanduá-bandeira (Mymecophaga tridactyla); o gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus); queixada (Tayassu pecari) e todo o ecossistema do qual a RPPN de Trápaga faz parte, fortalecendo e promovendo a preservação e conservação ambiental.